sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A página em branco

Ele sempre soube que tinha asas, mas nem sempre soube que podia voar.

Houve um tempo que elas derretiam mesmo longe do sol, outros, em que permaneciam cravadas sob a pele clara e alguns em que se abriam e lhe mostrava que sabiam fazer voar...E ele arriscou tentar....

A vista de cima era boa, mas lhe causava tremores, afinal, nunca se sabe quando o vento irá parar de brincar, nunca se sabe quando o sol irá congelar, nunca se sabe a dor da queda, pois apesar de sempre experimentá-la, sempre dói diferente.

Ultimamente, os sonhos do menino deram para brincar de ser de verdade e com olhos de quem quer ser gigante e ter seu próprio pé de feijão, ele anda exibindo suas asas para os três cantos e com seu canto de pássaro desafinado, decide deixar seu ninho em busca do encontro que ele tanto sonhou.

"É hora de se conhecer!" _ diz o Tempo.